segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Ondas


As areias da praia... Cada grão, parece a mesma quantidade de lágrimas que um dia vieram a rolar. As ondas vêm e vão como se fossem memórias. O vento parece sussurrar ‘’saudade’’ cada vez mais dolorosamente. O por do sol lembra-me o adeus que nunca saíra da minha mente. Os casais sorrindo parecem querer que eu mate por inveja ou morra de amor.

Acho que não deveria lembrar, mas a música do grupo ao lado me lembra a nossa... Mas acho que eu também não devesse escrever, mas acredite, me faz bem lembrar do bem que me fizeste. É lindo lembrar das promessas do eterno e inabalável amor que o tempo desmanchou.

Mas é bem melhor ver esse seu sorriso, mesmo de longe, mesmo não me deixando passar por quase nenhuma barreira diante de você, receber teu abraço ainda me acalma garoto. Não existem muitos como você, mas acredite estou procurando, afinal... Eu esperei tanto para que estivesse pronta para essa busca.

Mas não deixarei de escrever sobre você, teu olhar tem um brilho especial, e ver você lendo cada verso, ver seu sorriso bobo ao lembrar talvez da mesma memória boba que eu lembrei vale a pena. Escrever fica bem mais bonito assim. Quando se tem um belo motivo, mesmo sem uma justa recompensa.

Nunca jamais sumirei 100% afinal, assim como as ondas nunca param de chegar ao encontro da areia da praia, as memórias tem que encontrar as linhas do meu caderno.

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