Nossos pais nunca deram-nos band-aid’s para desilusões, a sua avó também não tem chá “cura coração partido”... mas seria bom não é? Evitar todo o cinza que fica depois que nossas cores saem pela porta do apartamento, deixando as chaves, os porta-retratos, o presente, o passado, e um quase futuro.
Às vezes, Laís de
tão singular que era podia notar isso, afinal, quantas dores existem por aí?
Quantos corações desejam o calor? Quantos poemas de Vinicius de Moraes ainda
não foram recitados em nome do amor? Quantas músicas do Chico Buarque estão na
playlist alheia esperando para serem a música tema de um amor? É tanta dúvida
pra pouca vida. E ela distribuía esses seus pensamentos em sua via láctea,
chamada alma.
Mas eu, munida de
incerteza e ilusões posso afirmar que você sentiu isso. E gera aquela dorzinha
no fundo do miocárdio,e quando sentimos isso, e significa que mesmo que isso te
dilacere e crie uma dor que você não deseja a ninguém, amar é isso. A gente se
doar, virar madrugadas criando hipóteses loucas que talvez nunca aconteçam,
reservar para “aquela” pessoa nossas frases e músicas mais especiais, o nosso
melhor ângulo fotográfico ou simplesmente, nós mesmos.
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