Começou a chover, e foi inevitável. O cheiro do asfalto molhado, a quinta faixa de the 1975, as janelas abertas, e o frio... E acredita só, existem coisas bem mais frias que seu coração, por incrível que pareça. Me senti por alguns minutos, longe de mim, do caos, e da poesia. Longe. Igual as gotas de chuva, que te molham. Que te fazem querer algo para se esquentar. Algo. Eu gostava de ser o seu algo. No sábado de madrugada, ou na terça pela tarde. Gostava. Na verdade bem mais que isso, eu amava. Tanto as chuvas, quanto você.
Na última época, o inverno durou mais que o esperado, e o nosso amor também. Os seus sorrisos se esvariazam tão fáceis, e tão mesquinhos... Mas tão lindos. Como um ser humano pode ter uma característica na qual eu não resisto ao fascínio? Cômico se não fosse trágico, eu sei. Te dei chances. Chances e mais chances. Até parei de contá-las, após nossa última discussão.
De pouco em pouco, você saiu. Das linhas dos meus textos, do lugar no sofá, na cama, e no viver. Era de se esperar. E quem poderia dizer que um grande e jurado amor, tinha final. Acho que tem coisas que nem todo conto de fadas mostra. Se você leu até aqui, aproveite quando chover. A chuva é terapia pra alma. E remédio pro coração.
Lindo texto! A chuva realmente é terapêutica... A alma agradece... Sempre há um novo começo... Após a chuva nasce novamente o sol!!!😘😜
ResponderExcluirLindo texto! A chuva realmente é terapêutica... A alma agradece... Sempre há um novo começo... Após a chuva nasce novamente o sol!!!😘😜
ResponderExcluirobrigada pelo elogio, a chuva realmente refrigera a alma, afinal, temos que dançar na chuva para apreciar o arco-íris.
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