Um dia o perguntei: "Amor? O que viste em mim? Além da menina avoada de mangas compridas e saia preta, com um simples salto alto, com um livro que falava de um amor que pensava que nunca ia viver?
O que viste que te fez querer ver meu olhar, meu sorriso, minha alma? O que viste que te fez querer passar a mão na mecha caída do meu cabelo, que te fez querer me abraçar, me beijar, me fazer ficar?
O que viste que ninguém mais viu? O que tem em mim que você viu que não viu em mais ninguém? Por que eu? Por que você? O que vimos?"
E eu lembro bem da resposta: "Ah amor, eu vi uma chance de ser feliz, uma chance de amar, a promessa que estava prestes a fazer, protegeria seu coração, lutaria pelo teu sorriso, mataria qualquer um que ousasse tira-la de mim.
Eu me apaixonei pela energia maravilhosa que o seu olhar emanava ao ler cada palavra daquele velho livro, eu me apaixonei pela possibilidade de você se apaixonar por mim. Acho que nos apaixonamos pelo acaso e o acaso se apaixonou pelo nosso amor."
Nós vimos e abraçamos o que hoje ninguém quer ver ou ao menos tentar fazer: ter a coragem de tentar fazer dar certo.
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