terça-feira, 8 de novembro de 2016

A Pintura

Serpenteio o pincel sobre a tela e nascem teus cabelos.
Desenho cada fio com fleuma, como se pudesse afagar cada um desses teus cabelos negros e macios, navegando minhas mãos por entre eles.
Pincelo teus lábios com as lembranças de um beijo que me foi dado e, entre eles traço um sorriso em aquarela com vestígios de felicidade.
Por fim, debuxo teus olhos.
Tão intenso quanto a luz do Sol e tão sereno quanto a luz da Lua. Matizo-o com o merecido brilho da Noite Estrelada de Van Gogh e finalizo a pintura.
Emolduro-a sobre a parede ainda vazia de significados e 'aprecio' a insignificância do meu pincel em reproduzir a perfeição dos teus traços, mas no fim eu pintei a Felicidade com as cores que você me deu.

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