quinta-feira, 18 de junho de 2015

A gente se pertence



Pela manhã,repeti a mim mesma que tudo aquilo que havia acontecido foi apenas um pesadelo. Eu e você discutindo. Lágrimas.Minhas lágrimas.Você não dizia absolutamente nada,eu nem podia acreditar que uma ligação resultaria em mim,chorando as duas da manhã,no meu quarto,com a luz desligada.Você sempre foi o gurizinho que as minhas amigas amavam,idealizavam a gente junto,diziam até que daríamos certo.Sabe,eu até acreditava nisso,mesmo quando você não mandava mensagem,quando dizia aquela grosseria,sem noção de que eu sou um poço de sentimentos.Afinal,creio que todos nós somos poços de sentimentos,sem fim,mas você se negou em desvendar esse meu mistério.“Ligação terminada”,nossas lembranças deram as caras,e veja só,acho que só de birra do destino,nossa música começou a tocar.
 
 Dizer que eu não sabia o que fazer,é clichê?Pensamentos e pensamentos,já eram quase 3 da manhã,pela janela,eu olhava as estrelas,e me recordei por coincidência,que toda a vez que você visse estrelas,pedi que pensasse em mim.Me vinham tantas perguntas na mente,que eram mais difíceis que trigonometria.

 Eu li,reli,e decorei as últimas palavras que me disse,creio que aquele seria um ponto final,na nossa história de reticências,mas isso nunca nos importou,os clichês que aqueles três pontinhos entre uma frase e outra,eram a nossa sina.Mas,antes que delete meu nome da sua agenda,ou que deixe de se importar com o quanto meu coração acelera quando te vejo,saiba que você,foi realmente,um dos poucos caras que me fizeram crer que a vida,é muito curta,e que quando adicionamos doses de amor nela,digamos que ela fique mais especial.Você é um garoto muito especial,mas não pra mim,quero dizer,não mais.E assim,numa dessas esquinas dos nossos amores não resolvidos,ou até mesmo em algum corredor da biblioteca,a gente se encontra de novo,sente tudo de novo,e vai que nessa vez,a gente percebe que no fim de tudo,a gente é da gente.A gente se pertence,meu bem.

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