sexta-feira, 26 de junho de 2015

Estranhos

Vocês não viram o meu lado, ninguém nunca vê. A mão que tocou meu rosto antes do beijo foi a mesma que deixou meus braços com memórias de uma briga que acabou com tudo, a voz que me acalmou tantas vezes foi a que me enlouqueceu pela última vez.

A última pessoa que vi foi a pessoa que amei a uma semana atrás, será? O quanto as pessoas podem mudar em tão pouco tempo? Quanto ódio se esconde em um sorriso? Quanto tempo eu poderia viver a mais do que consegui? Acho que nunca descobrirei...

Poças de salgue, culpados, pistas, poemas, histórias, beijos, gritos... Ninguém consegue encaixá-los muito bem. Uma vez disse por mero deslize "morreria por você". Então ele botou a arma em minha cabeça e disse que nos encontraríamos, não era verdade... Não é mesmo?

Todas as cartas, todas as promessas... Eu nunca poderei pedir desculpas por não ouvir quem me avisou, eu nunca poderei abraçar quem me abraçou quando eu mais chorei. Ele mentiu e como tola eu acreditei. Nem sei se podem me ouvir agora.

Talvez eu realmente devesse ter continuado andando naquele dia, não deveria ter dado atenção, eu nunca dou... Ou pelo menos nunca dava. No fundo, estranhos são apenas estranhos e você não deve falar com estranhos, garotinha. Mas se parar pra pensar, há algo bem bonito na morte, mas segredos sempre serão segredos.

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