quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Tardes de inverno

Querido, eu ainda lembro da sua voz ao telefone, lembro do calor do teu abraço das noites frias, lembro do teu sorrisos em todas as tardes que você segurava a minha mão, lembro muito bem desses teus olhos que tinham um jeito especial de comunicação com a parte boa que há em mim.

Estou aqui reescrevendo pela milionésima a carta que você nunca vai ler. Estou enrolada no cobertor que ainda tem o seu cheiro, a chuva cai lá fora lavando as ruas que nós caminhávamos, lavando os bancos que nós sentávamos, mas não lava a minha alma que está carente de ti.

Meu chocolate que a alguns minutos era quente me lembra dos teus sorrisos no café da manhã, da tua voz de sono ao insistir que eu estava linda mesmo com o cabelo bagunçado, com a sua camisa cobrindo só até o inicio da minha perna e  com uma xícara desse mesmo chocolate quente na mão.

O sol se foi faz horas garoto e tenho minhas dúvidas se ele irá voltar, acho que ele insiste em te acompanhar. A luz do fim do dia deixa teus olhos cor de mel com um tom bem mais apaixonante, sempre fiz questão de lembrar disso nessas últimas tardes de inverno. E é isso que me mantém acreditando que talvez um dia você irá voltar. 

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