segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Caixas de cartas

Eu tenho uma certa mania de guardar antigas cartas, muitas vezes não no papel ou em prints do celular, mas eu tenho algumas caixas, em um espaço todo especial no meu coração, com vários nomes de pessoas que realmente importam ou importaram, minha melhor amiga (essa deve ter umas quatro caixas cheias), meu primeiro namorado, (sim, aqueles que nos fizeram muito felizes e e depois estraçalharam os nossos corações, vocês também tem uma caixa para eles, eu sei.) antigos e fieis amigos, pessoas que me fizeram ser quem eu sou hoje.

E especialmente nessa tarde eu lembrei da época em que tinha uma certa vergonha de mostrar meus textos para as pessoas (sim, eu já tive isso, que reviravolta, em?) lembrei daqueles malditos frios na barriga, das risadas por webcam com a distancia de estados, eu lembrei de tudo, sabe?

E é curioso ver como a gente muda quase que sem perceber. Um coração partido ali, mil litros de saudade aqui, muitas lágrimas, muitas risadas, muitos abraços, muitas palavras quase sabias. Pode ser até que na caixa de vocês não haja cartas como nas minhas, mas sim fotos para aqueles apaixonados por estar atrás das câmeras, ou pequenos vídeos para aqueles que insistem em dizer que não gostam de ler, ou simplesmente nada visível, apenas algumas notas de uma música muito boa.

Lembrar é doloroso, mas é uma coisa importante, se não pudéssemos fazer isso como descobriríamos se estamos realmente na direção certa? Como nos protegeríamos de antigos erros? Hoje pode até ser que eu não seja a menina que espera por um príncipe encantado, ou que espera ter mil e um amigos, mas eu tenho certeza que aquela garota de alguns anos atrás quer muito ser algo parecido comigo.

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