terça-feira, 5 de abril de 2016
Outra poesia
E no escuro de canto de olho
te destilo no meu viver
te esqueço, te faço menor
do que meu próprio eu.
E mais uma vez
tu afirmas ser nada demais
eu até tento acreditar
que são apenas sonhos
sem ao menos gotejar
um pouco do nosso nós.
Tu afirmas que é fim, ponto final.
E eu peço pra ceder, mais cinco minutos de quase amor
Você fica, não por mim
Nem talvez por você mesmo
Mas pelo que tu acreditas que poderíamos ser.
E a gente se embola de novo
Se prende e repreende
Tenta ajeitar
A falta de jeito
Quando no fim
Você além de morar neste canto de paredes listradas
Mora em mim.
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