terça-feira, 12 de abril de 2016

Quem sabe?

 Vai saber se a gente se cruza de novo, em outro carnaval, ou naquela esquina perto das nossas casas. Vai que o orgulho fale mais baixo que a saudade, que a gente perceba que mudar de calçada, não muda absolutamente nada. Se o coração está aqui, sussurando seu nome, no tom de "sinto sua falta". Finjo ser surda, mas e você? Consegue fingir tão bem?

  Já pensou que louco, a gente se olha e percebe que aquilo tudo foi besteira, percebe que a gente sente a cama mais vazia, a solidão cada vez mais fria. E que fingir que somos estranhos, machuca.

  É, quem sabe você mude pra Fernando de Noronha, que é aonde você sempre sonhou em estar. Talvez até acompanhado de outro alguém, numa casa de praia com filhos gêmeos. E eu? Aqui ficarei, com essas palavras que eternizaram você. Quem sabe a gente se encontra de novo. Só pra dizer aquele "Quanto tempo", mesmo sabendo o quanto demorou pro tempo passar.

   Até a próxima calçada.

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