Domingo é aquele dia que você põe os pensamentos em dia, ou não. Mas você fica é pensando naqueles olhos castanhos, que te enchiam o ver. Aquele nome. Mas se perguntarem, tu vais negar. Aquele alguém... É querido Domingo, nem pra você me trazer umas goladas daquela bebida que me faz esquecer das coisas... Não, você me traz um café, dois corpos (que já foram íntimos) e inúmeras saudades. Domingo é um dia tão bom pra ficar pela varanda, o céu cheio de constelações bem pequenininhas, que a gente jura pra quem nos acelera o miocárdio.
Eu sinto falta. Nem posso negar. De ser esse (a)mar de saudade. Que saudade eu sinto de te reparar. De cantar pra você sem o menor tom, errar o dó e o sol. E mesmo assim, você jurava de pés juntos que eu cantava bem. Mas você, quem sabe, preferiu ouvir outros tons, outras vozes. Ah, parei de escutar aquelas nossas músicas do Caetano, porque no final, acabo com um copo de Jack Daniels na mão, e você na cabeça.
A sua falta é quase uma dependência que eu espalho que superei, mas no fundo, eu ainda lembro de cor, suas míseras manias. Lembro do seu filme favorito. E daquele poema que você me dedicou... Lembro por fim, do quão era bom, os cinco minutos a mais na manhã, apenas nós, e seu perfume amadeirado no meu pescoço.
Aproveite seu domingo.
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