terça-feira, 17 de maio de 2016

E agora, você?


 Soa tão tentador mandar uma mísera mensagem pra você as 4:39 da manhã, dizer que a casa tá mais vazia sem você, e eu também... Mas sei que não é de mim que você espera uma mensagem, ou um "sinto sua falta". Não devia lhe culpar por isso, afinal, somos saturados de defeitos só nossos. E o meu foi acreditar que podia ser. Errei. Nem sei. Amei?

 Admitamos que a madrugada nos contrapõe frente a frente com nossas maiores paixões e nossos problemas. Aqueles que a gente deixa pra depois, e depois e depois. Procrastinamos ao extremo. Sendo que o nosso pior hábito talvez ainda sejam as expectativas, aquelas que ficam no fundo do copo cheio de gelo. E no fundo do coração.

Sem conclusões, tenho que dizer. E acabei nem te mandando mensagem. Tudo bem. Talvez seja pro nosso próprio bem. Esse negócio de ficar longe, quem sabe um dia você queira que eu fique, por descuido, ou sentimentalismo exacerbado. Só não posso garantir estar pronta até lá.

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