segunda-feira, 7 de março de 2016

Luna

Luna era uma menina que não tinha medo de viver, tão pouco de morrer. Ia do 8 ao 80, de feliz ao triste, de sã a louca e tudo ao nada em questão de segundos e as vezes nem isso. Luna era capaz de amar assim como eu, mas também era capaz de odiar tudo e a todos de uma forma que eu jamais irei entender.

Mas chegou um tempo em que seu estoque de corações partidos lotou e ela decidiu simplesmente não ter mais coração nenhum. Foi a primeira vez que eu a vi morrer. Nada mais era tão interessante assim. Nada fazia sentido, até que ela leu um texto qualquer em que dizia que havia uma outra vida e até ela o caminho era poesia.

Luna pegou tudo de bom que tinha, ou seja, um pouco de coragem, escreveu uma carta qualquer, e com um tiro fez poesia com próprio sangue. Ela se matou e o paraíso não existe para quem não tem amor. Um coração, mesmo quebrado deve estar fazendo falta agora. A única coisa que Luna realmente conseguiu foi fazer um inferno na vida daqueles que ainda tinham um coração por ela.

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